domingo, 31 de dezembro de 2017

Na oficina: restauros "Bonito durante o primeiro mês"


Por vezes aparecem cá na loja *"restauros" feitos noutros lados, e para alguém trocar de "casa" é porque as coisas não correram muito bem.

Este exemplar corresponde à designação "Bonito durante o primeiro mês". Porquê?
Bom, sem falar do resto que não está visível na imagem:

- deram-se ao trabalho de re-enrair as rodas, mas foram.sovinas e meteram raios zincados. Vão enferrujar rápido.
- em vez de cromar os aros, limparam com malha de aço fina - deu um bom resultado, pelo menos até ao cliente chegar a casa. Passados uns tempos ficam assim :p

Recuperar uma bicicleta, ou até restaurar, não sai barato. Quando se quer fazer barato, sai mal. 
Das duas uma: ou se deixa a patine e se poe a bicicleta simplesmente a funcionar de forma segura e fiável, ou então faz-se uma recuperação a sério. 

* apesar de palavra muito utilizada, a verdade é que raramente se fazem restauros já que na sua essência representam a recuperação da bicicleta ao estado em que saiu de fábrica, seja na opção dos componentes, seja no seu estado.

terça-feira, 26 de dezembro de 2017

Gordura é formosura - ode a um Natal cheio de doces fritos

Assim que comprei a minha Pelago Stavanger, propus-me a testar a sua versatilidade. Apesar de ela vir da Finlândia com uns bons pneus, bastante versáteis para estrada seja ela com bom ou mau piso, acabam por ter algumas limitações quando o asfalto acaba e começa a terra ou a gravilha.
Desde que montei estes pneus gorduchos na Stavanger, ainda não tinha tido uma real oportunidade para os testar nos maus caminhos, mas a aproveitar um sábado de folga em que a Ana tinha ajuda com o João, lá me lancei ao desafio.

Antes de mais: onde é que se arranjam trilhos?!

Pois.. estou habituado a fazer estrada, podem ser mais bonitas ou feias, mas normalmente as estradas são fáceis de encontrar e têm o dom de estar um pouco por todo o lado 8-)
Encontrar bons trilhos não é assim tão fácil então qual foi o meu 'modus operandi'?

O sistema de mapeamento e de criação de rotas do Strava tem, para além das estradas, uma rede de trilhos mais utilizados, pelo que com alguma paciência consegui definir um mapa não muito afastado do ponto de partida, fazendo um equilíbrio entre percursos em nacionais bonitas, como por exemplo a N306 ou mesmo a N104, e percursos fora de estrada.



Então lá comecei a rolar estrada fora, percurso bastante plano para aquecer e fazer esquecer a má forma física...

Gosto muito desta estrada, a paisagem é bonita e o piso é muito bom... ainda por cima faz parte o caminho para Santiago.



A Stavanger em toda a sua glória ;)


E pronto, aqui acabava o asfalto e começava a diversão enlameada..


Primeiro com grandes estradões...


Depois com caminhos que pareciam antigas estradas romanas..


O eucalipto era a constante para onde quer que fosse..

Muitas vezes ainda com os restos dos incêndios não muito longínquos deste ano..



O Rio Ave andava ali ao lado :)


Infelizmente a máquina fotográfica ficou sem bateria mais ou menos a meio do percurso, para a fase final apanhei uns trilhos bem bonitos, muito rolantes e perfeitos para este tipo de pneu, pena é que não tenha dado para tirar algumas fotografias, mas também não se pode estar sempre a parar ou chegamos já a casa com noite.


Em jeito de resumo, ter uns pneus mais largos abre portas a aventuras dentro e fora da estrada, deixando explorar caminhos sem perder a compostura. Apesar de algo reticente relativamente ao comportamento destes pneus por terem um piso bastante liso, portaram-se muito bem, especialmente depois de lhes tirar um bocado de pressão.

Até já!

terça-feira, 19 de dezembro de 2017

Fora de horas..



Nos dias complicados de papá, o tempo não abunda e nem sempre é conciliável com os treininhos dos amigos.
Esta segunda era folga semanal, e lá consegui um intervalo para esticar as pernas... era bom isto tornar-se regular a ver se recupero alguma forma física.

Meio da tarde de uma segunda, transito a bombar, lá me propus a ir dar um giro, a ideia inicial era fazer uns estradões em gravilha que conheço ali quem vai para o Salto.
Sai e não sai + transito de segunda + falta de fôlego, o plano saíu gorado já que quando cheguei à barragem o sol já se estava a por.



Que fazer então?


Comer uma barrita (hoje não havia pão com marmelada), voltar mais junto ao rio, explorar as margens e tirar algumas fotografias :)

Pneus largos dão para pedalar literalmente junto ao rio ;)



Ao chegar ao Porto, ter a surpresa da marginal estar cortada e ter de subir a "parede" Freixo - Campanhã... não foi bonito, mas se calhar era o que estava a precisar para forçar a recuperação :)




sábado, 16 de dezembro de 2017

Na oficina... cantilevers Suntour



Curiosidade do dia: uns travões cantilever traseiros Suntour "self energising system".

Com um eixo concêntrico de rosca helicoidal, estes canti prometiam mais potência de travagem pois ao fazerem contacto com o aro, o movimento fazia o calço "fechar" um pouco mais.

Apesar do design Petersen compreender versão frontal e traseira, a Suntour que aparentemente acreditava/acredita na sua real potência, nunca comercializou versão frontal - algum medo a piruetas no ar acidentais :)


quarta-feira, 13 de dezembro de 2017

Dia de clássica

Porque está a chover, porque tem para lamas, ou porque uma velhinha francesa tem um certo "je ne sais quoi"..

quinta-feira, 7 de dezembro de 2017

Tirar a ferrugem às pernas


Ora então algum dia teria de acontecer... voltar aos "treininhos". A vida com um bebé não deixa muito tempo, e portanto as pedaladas têm sido mais curtas, mas este domingo, ainda que decidido à última hora, lá consegui a companhia do João para ir dar um giro.
Dada a falta de forma física da minha parte, a opção pelo percurso tipicamente dominical da marginal de rio e mar foi mais ou menos consensual (até porque o João além de muito paciente para aturar o meu ritmo de passeio, estava também a habituar-se aos pedais novos).

8 horas na Marina, o dia avizinhava-se soalheiro mas.... .... . ... . .. . . .frrrrrrrio.



Siga para sul, não sem bater uma chapa na Ponte do Freixo que com esta luz estava mágica.





Percurso calmo mas sempre bonito, o ritmo lento convidou a por a conversa em dia... sem dar conta já tinhamos passado Espinho e em plena "caxinas de baixo". Estavam no mar umas embarcações clássicas, foi interessante ver como se fazem a terra.



Dar a volta e procurar um cafézito ao sol, não foi fácil e acabamos por optar pelo Esquimó, que ao contrário do que o nome sugeria, estava bem quentinho :)


No regresso, dada a concentração de motas e motards achei que ia encontrar o Nando, mas parece que não foi desta... ;)



sábado, 2 de dezembro de 2017

Na oficina #5


Numa loja onde privilegiamos bicicletas em aço, acabamos por ouvir vezes demais "o alumínio não é melhor por não enferrujar?".
Para além de pouco mais leve (até mais pesado que determinadas ligas de aço mais evoluídas) e de proporcionar normalmente muito menos conforto e elegância, o alumínio também sofre de corrosão.
Não enferruja mas fica corroído e o resultado é bastante feio como acho que fica bem ilustrado na fotografia ali em cima...

Por hoje é tudo - já que estamos no tempo invernil, mantenham a vossa bicicleta sempre limpa e bem lubrificada., mas continuem sempre a pedalar!