quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Back in business


Olá!
Caso não tenham notado, isto por aqui andou muito parado porque a 'equipa' esteve de férias. Férias do Porto e férias das bicicletas, andei a passear por aí e por ali, vi muitas, fotografei poucas e não andei em nenhuma :p
Entretanto e porque um post sem imagens é uma tristeza, deixo aqui umas fotografias que o Hugo Cardoso tirou na Bicicletada de Agosto... para mês de férias a adesão foi muito boa :)


ps: a ver se nesta 'rentree' consigo manter o bom ritmo de posts da "época" passada ;)

terça-feira, 16 de agosto de 2011

Transporte de quadros!


Não, não fomos convidados para ajudar o museu de Serralves a renovar alguma exposição, na verdade, o quadro de que aqui se fala envolve arte apenas na composição dos seus tubos em aço, delicadamente unidos por "lugs".
Conforme bem se lembram, há relativamente pouco tempo comprei uma bicla de estrada Suíça sabendo que o quadro não me servia, com esperança de posteriormente arranjar uma troca. Ela aconteceu, e este post mostra a forma como se pode facilmente transportar um quadro de bicla numa bicla:
Na primeira foto temos o Hugo a mostrar como atravessou meio Porto com um quadro às costas. Na segunda, eu a preparar-me para o levar para casa... diga-se que o saco tipo "messenger" do Hugo é bem mais prático e elegante que a minha mochila...

Em breve devo começar o processo de transformar este quadro numa bicicleta, vou publicando aqui os diversos passos :)

Ciclistas Urbanos no Porto #63


segunda-feira, 15 de agosto de 2011

O Porto é amigo dos ciclistas?

O Porto24 publicou hoje um artigo sobre as bicicletas na cidade do Porto... eu fui um dos ilustres convidados a falar sobre o assunto, sendo os outros dois personagens bem conhecidos da nossa blogosfera (o Miguel e o Paulo).

Leiam tudo aqui: http://porto24.pt/porto/15082011/bicicletas-porto/

sexta-feira, 12 de agosto de 2011

Estacionamento para biclas: o triunfo da mediocridade


No outro dia discutia com um amigo sobre parques de bicicletas: começam a aparecer parques para bicicletas aqui e ali, mas (dizia eu) normalmente são bastante inúteis porque são "dobradores de rodas".
Ele retorquiu: "Ah, vocês também nunca estão contentes, já foi bom pensarem nas bicicletas"

err.. agonia ..

A 'cena' é que se querem fazer alguma coisa pelas bicicletas, e visto ter um custo semelhante, porque não fazer bem?
Este tipo de parque de biclas além de potencialmente estragar as rodas (se a bicla tombar, fica a fazer pressão lateral no aro da roda), não oferece quase nenhuma segurança. No caso desta minha bicla, que tem roda 28, só consigo prender uma roda: o quadro e a roda traseira ficam 'livres como um passarinho'.

Opção A: opção de recurso é prender lateralmente como fiz aqui (foto em cima): dois aloquetes, um prende o quadro e a roda da frente, outro prende a roda traseira e também o quadro.

Opção B: pensar antes de fazer o parque e optar por uma destas soluções:




Como podem ver, em termos de recursos, este tipo de soluções são muito semelhantes à que mostrei em cima, mas oferecem mais segurança e garantia que a bicicleta não se auto-destrói enquanto fica estacionada...

quinta-feira, 11 de agosto de 2011

"Diz" que é uma bicla



Esta coisa feia (gostos são uma coisa sempre questionável) parece que é uma bicicleta eléctrica, ou híbrida como lhe gostam de chamar... talvez a fazer uma clara alusão aos Prius deste mundo.
Potential maximum speed: 40-67 km/h
Será que queremos ver "biclas" a passar vermelhos a 67km/h? (um dois em um segundo o nosso código da estrada)
- Eu sei que não quero! 8-)
O encanto das eléctricas já desvaneceu por cá há muito tempo, mas parece que esse mercado ainda mexe e bastante...

Ciclistas Urbanos no Porto #60



quarta-feira, 10 de agosto de 2011

sábado, 6 de agosto de 2011

De bicicleta na ruralidade


Uma das vantagens de morar numa cidade de tamanho médio como o Porto, é que, mesmo de bicicleta, basta fazer uns 10km (por vezes menos) para mudarmos radicalmente de paisagem.
Com o bom tempo a servir como desculpa, decidi trocar as ruas de granito enegrecido pelos escapes, pelo ambiente bucólico do campo e ir passear.
A bicla escolhida para o efeito foi a minha 'citadina' BH, descontextualizada (será?) em ambiente rural. Apesar de nutrir uma crescente paixão pelas biclas de estrada, esta continua a manter bastante protagonismo graças à sua polivalencia (neste caso foi a eleita pela sua capacidade de carga) e conforto. Acho que um dia destes vou fazer uma espécie de análise/review agora que passaram três anos e meio que a comprei.
Actualmente não tenho nenhuma bicla de off-road, mas como se pode ver, não é preciso pneus de tractor para fazer estes caminhos de terra, e sabe mesmo bem passear nestes trilhos campestres. :)
Infelizmente, e como se pode observar no vídeo, nem tudo são rosas: os nossos caminhos rurais costumam ter um pavimento em paralelo irregular que em grandes doses costuma cansar bastante...

Acho que devíamos pensar em fazer uma recolha de bons caminhos para passear de bicla nas imediações do Porto, mapear aquelas estradas e trilhos que nos ajudam a esquecer o cinzento da cidade... que dizem?

quinta-feira, 4 de agosto de 2011

Ciclistas Urbanos no Porto #55

A Ciclovia da Prelada

Também conhecida por Ciclovia do viaduto da Prelada, só foi concluída este ano. Já lá tinha passado há uns tempos, mas ainda não estava acabada :
Como estou a gozar uns dias de férias, achei ser boa altura para lhe 'prestar uma visita' e tirar umas fotografias.
Esta ciclovia é bastante curta, tem apenas 1250 metros (mais coisa menos coisa) e foi pensada de raiz para este novo arruamento que finalmente tirou partido do Viaduto da Prelada, já estava construído há muito tempo (e sem função).

A opção aqui recaiu (uma vez mais) no tipo de ciclovia lúdica em cima do passeio: betuminoso pintado de vermelho, completamente segregado da faixa rodoviária.

Pontos positivos: aparentemente oferece mais segurança a quem lá circula.
Ponto negativos: oferece menos segurança nos pontos de atravessamento e torna o seu percurso mais lento.

Comecei o trajecto vindo da Circunvalação:
como se pode reparar a ciclovia começa com um muro! 8-)
abordei este ciclista para o meu projecto dos Ciclistas Urbanos, mas ele disse que só dá aqui umas voltas quando está de férias...
primeira espécie de atravessamento: aqui dá para observar o tipo de atitude, ciclovia no passeio, logo... atravessamento na passadeira :\
A estrada é uma via contínua, já a ciclovia é 'rendilhada'... assim tudo se torna mais lento!
No segundo atravessamento, dá-se uma inversão do passeio..errr... da ciclovia.
O atravessamento é feito na passadeira dos peões, e temos de carregar no botãozinho para o sinal ficar verde: genial!
Um pouco mais à frente inicia-se a subida para o viaduto da prelada..
..e depois de o descer estamos no final da ciclovia. Para acabar tão bem como começou, acabamos no passeio (desta vez sem um muro a balizar o percurso).
Esta minha análise poderá soar algo critica, e na verdade é.
Compreendo a falta de ciclovias no Porto como uma barreira para que mais pessoas se iniciem a fazer trajectos de bicicleta, mas, o grande problema (na minha modesta opinião), é que se continuarem a construir coisas deste tipo, em vez de preparar as pessoas para enfrentar a estrada, vão perpetuar a sua inaptidão e o medo de partilhar a estrada com o carro; além disso, e ainda que inconscientemente, continuam a 'desenhar' a bicicleta como um veículo de lazer (usar nessa condição é bom, mas ela é um muito mais que isso).
Que não se engane quem pensa que no futuro vai haver uma ciclovia 'em cada esquina'. Isso não é possível, mas cortar algumas artérias ao transito e tornar toda a baixa limitada a 30km/h já seria um bom avanço 'civilacional'. Isso e marcações de pavimento nas artérias de principal acesso à cidade, assim como aquelas que convidam a maior velocidade automóvel (lembro-me assim de repente da Av. Sidónio Pais; 5 de Outubro; Rua da Constituição; Av. da Boavista, Fernão Magalhães, etc).

As ciclovias são um assunto que nunca gera consensos, nem entre ciclistas, nem entre automobilistas, mas gostava de ouvir algumas opiniões sobre o assunto :) Se tiverem paciência, escrevam umas linhas nos comentários ou enviem um email... se houver quantidade suficiente, gostava de os colocar online :)


quarta-feira, 3 de agosto de 2011

Movimento Pedal Aveiro


Aveiro, a nossa cidade com maior densidade de bicicletas por metro quadrado, e a sua câmara municipal pediram-me para divulgar:

A Câmara Municipal de Aveiro, no âmbito do lançamento do "Movimento PedalAveiro" cujo principal objectivo é o de promover a utilização da Bicicleta como meio de transporte saudável e ambientalmente sustentável, vem convida-lo a participar neste evento, assim como na divulgação do mesmo junto dos vossos contactos.

Se dia 3 de Setembro estiver livre, a ver se dou lá um salto para ficar a conhecer melhor a cidade.. :)

Ciclistas Urbanos no Porto #54

terça-feira, 2 de agosto de 2011

Se é uma guerra, usem-se todas as armas!


O presidente da câmara de Vilnius, na Lituânia, farto de ver constantemente carros de luxo (e não só) estacionados a bloquear as ciclovias da cidade, decidiu fazer uma demonstração bastante, hmmmm, explícita sobre o que pensa sobre o assunto (e uma boa forma de o resolver ahahaha).
Nós por cá, que nem ciclovias a sério temos ( são mais passeios pintados de outra cor), talvez não soframos ainda muito deste problema, mas pelo que conheço dos gostos pessoais do nosso presidente da câmara, a aparecer nesta fotografia e num dos veículos, penso que não escolheria o tanque :>

férias = passear de bina

O fotógrafo de bicicletas by hugojcardoso
foto do hugojcardoso on Flickr.


O Hugo tirou-me esta bela fotografia que espelha como é bom passear de bicicleta. O cachecol não engana: foi na primavera!
A primavera e o outono... melhores estações para ciclar e passear :)

segunda-feira, 1 de agosto de 2011

World Bike Tour - Porto 2011 - O evento!

Olá!
Conforme já tinha anunciado antes, este ano fui convidado a participar neste evento para tirar umas fotografias e, como ciclo-activista que sou (talvez um pouco distante do participante-tipo), escrever um pouco sobre o assunto.

Acordei cedito e o dia tinha amanhecido nublado, peguei no meu kit, e lá desci até à garagem para pegar na minha BH. Como não moro muito longe, dei um pulo ao viaduto da Av. da Boavista sobre a VCI para ver o panorama... queria ver um cenário épico de biclas no asfalto, mas a imagem que obtive foi apenas esta:


Quando cheguei à rotunda do Castelo do Queijo já estavam filas consideráveis..
..para embarcar nos autocarros, mas eu como convidado infiltrado nas hordas de 'VIP's tinha lugar reservado em frente ao bar de praia "Lais de Guia" um pouco mais à frente.

Estacionei a minha BH perto do Edifício (muito pouco) Transparente, e lá fui até ao ponto de encontro.. estava-me reservado lugar no autocarro nº2, segui na companhia do pessoal da RTP...
..curiosamente à minha frente ia o jornalista que apresentou a pequena peça sobre o "Fotógrafo de Bicicletas". Acho que sem boné ele não me reconheceu, ou então porque não disse nenhum sonoro "xic xac" (que deprimente!) 8-)
Quando os autocarros chegaram à VCI, já estava montes de malta de bicla em punho(s) e a apanhar sol (o tempo abriu entretanto e a VCI não tem grandes sombras :\ ), eu como infiltrado nos VIPs ia sair no pelotão da frente, e tinha uma bicicleta reservada com o meu nome e tudo!
Estas biclas são do tipo "One size fits all" ou antes, "One size fits none" de forma que depois de ajustar a altura do selim e confirmar que os travões estavam bem afinados, estava pronto para seguir caminho...
Após mais 40 minutos de espera, onde o coitado do mecânico de serviço..
..ia sendo requisitado para apertar muitos parafusos.
Depois se ser sobrevoado por um helicóptero múltiplas vezes, lá foi dada a partida.
Cor do texto
Primeiras impressões: já não estou acostumado a usar pneus deste género, o que acaba por ser uma escolha estranha para um percurso 100% citadinho e sempre na estrada.

O início do percurso inclui uma descida vertiginosa até à marginal de Gaia, e se a vista até tem piada, o barulho estridente dos calços dos travões nem por isso.

Alguma malta menos experiente começou logo aí a desmontar e a fazer parte do percurso a pé.
Seguimos pela marginal até à ribeira de Gaia, o piso passa a ser paralelo e
começam a ouvir-se os primeiros queixumes: falta de calo no rabiote! ;)
Ao chegar à Ponte de D. Luis, primeira ligeira subida e a banda sonora é a seguinte:

"TRAC TRAC TRAC TRAC TRARAC TRARARAC TRAC TRAC TRAAAAAC TRAC TRAC TRARAAAC"
A que se deve isto? Um misto de 'novatos' a alterar mudanças enquanto pedalam em esforço + fraca qualidade e rigor dos componentes (a minha também fez, mas eu sou apenas um novato disfarçado de blogger :p ). A bicla custou 70 euros... que esperavam? :p

É sempre bonito ver um dos ícones da Invicta invadido por cerca de 6.000 bicicletas...

O percurso lá prosseguiu pela marginal do Porto e com o avançar do grupo, iam-se juntando mirones nos passeios a acenar e mandar comentários mais ou menos brejeiros.
É verdade que não tenho grande experiência em pedalar em grandes grupos, mas na Massa Critica somos por vezes perto dos 30 ciclistas e raramente há algum tipo de problemas.
Aqui contudo, nem todos os participantes são ciclistas experientes e como o grupo ia a rolar de forma bastante densa, alguns desequilíbrios e travagens inesperadas quase provocaram acidentes... felizmente não presenciei nem participei em nenhum com consequências nefastas...

No topo do pelotão iam batedores da PSP (de bicicleta) e uma espécie de urso com capacete (ninguém quer que um urso de peluche se magoe quando vai de atrelado):
Sem grandes delongas chegamos a Matosinhos, aquele que tinha sido o nosso ponto de partida (de autocarro) e que era agora o de chegada.
Por esta altura ainda estavam pessoas a passar pela ribeira do Porto, tal é a "décalage" entre o ritmo dos participantes.
Acabado que estava o evento, era altura de ver todas as biclas a ser desmontadas ou montadas dentro de automóveis, já eu, rumei até casa a pedalar (mais tarde vim buscar a BH que ainda estava estacionada onde a tinha deixado).

O percurso total foi de 13km, mais uma ida até casa, ou seja, fiz na bicla do Bike Tour uns 18km. Pretendo fazer uma análise mais detalhada desta bicla e propor algumas melhorias para tornar possível uma utilização segura e fiável no dia a dia, mas entretanto e apesar de estar habituado a fazer este tipo de kms, senti-me bem mais cansado do que o costume.
Falta de rendimento da bicla + posição pouco confortável + selim pouco ergonómico são quanto a mim os culpados...

O 'meu' WBT resumo:

este evento é assumidamente um negócio ligado às biclas, e eu não tenho nada contra isso, antes ser ligado a biclas que ligado aos pópos. :p

A minha opinião pessoal é que podia facilmente tornar-se num negócio mais positivo para a causa da mobilidade leve ajudando a quebrar alguns mitos:
-> não ouvi em alguma altura, quer da parte da organização, quer dos seus participantes, falar de questões de mobilidade racional e do uso da bicicleta no dia a dia.

Apesar de ser algo incompreensível para mim, falei com vários participantes 'repetentes' que aparentemente gostam de participar no evento: é a grande volta de bicicleta que fazem anualmente (para depois deixar a bicla a descansar, aka enferrujar, no fundo da garagem). Se aparentemente gostam de bicicletas (assumindo estas serem bicicletas :p ) porque não experimentar um uso mais a sério?

Em tempos já escrevi aqui no blog que achava o percurso algo estranho, mas se pensar bem, até é adequado à participação das diferentes pessoas, com formas físicas muito distintas, mas o que seria realmente interessante era aproveitar a situação para mostrar como é fácil andar de bicla na cidade.
Quase todas as pessoas que abordei não consideram a bicicleta como uma forma válida de locomoção urbana, apenas um veículo de lazer, o que explica o grande mistério do súbito desaparecimento das mesmas logo após o evento.

Antes de terminar, quero deixar aqui expresso o meu agradecimento à organização pelo simpático convite para participar no WBT, e deixo aqui a sugestão para que de futuro a mesma aposte numa maior sensibilização (se a Skoda deixar, ahaha) para os problemas (ou neste caso soluções) da mobilidade leve na cidade, convidando os participantes a, depois do evento, utilizar esta bicicleta no seu dia a dia: quem sabe não pega o 'bichinho'!

Todos teríamos a ganhar com isso, não?
(a triste figura do vosso caro blogger)