terça-feira, 11 de outubro de 2011

Os bons exemplos..


Quem me conhece sabe que não sou grande defensor das ciclovias.
Isto acontece por vários motivos, assim de repente lembro-me da falta de qualidade do desenho, conceito errado e constantes falhas graves na segurança que costumam imperar na sua (tentativa de?) aplicação em Portugal.
O mais chocante acaba por ser o factor segurança: continua a existir a tendência para desenhar os dois sentidos de fluxo da ciclovia juntos, normalmente no passeio ou no eixo da via (basta ver a última abordagem no Porto, aqui bem descrita pelo Paulo), resultando em grandes conflitos de circulação nos pontos extremos e também numa constante falta de largura na ciclo-via (que pode provocar choques frontais entre ciclistas).
A London Cycling Campaign, uma espécie de associação londrina pró-ciclismo utilitário, fez um esquema animado sobre o que eles pensam ser uma boa solução de ciclovias privilegiando não só a segurança mas também a fluidez do transito (a motor ou não).

Ora vejam a animação neste link: liiiiiiiiiiiiiiiink!

A principio mete alguma confusão (porque eles têm a mania de conduzir ao contrário), mas após ver a animação, há alguns pontos importantes a reter:

. As ciclovias são sempre razoavelmente largas, de um só sentido e coladas à faixa de transito automóvel correspondente a esse mesmo sentido;
. Os ciclistas que vão virar para a direita (no nosso caso seria esquerda) têm semáforos dedicados para sua própria segurança;
. Os peões também são contemplados neste estudo e têm percursos curtos e rápidos como deve sempre acontecer;
Se as ciclovias forem bem pensadas (não digo que este seja o melhor modelo, mas está a anos luz do que por cá se faz), podem até ser uma coisa boa... resta agora pegarmos neste e noutros estudos e fazer a mensagem chegar a quem decide.
Infelizmente, uma boa intenção não chega.. é preciso concretizar bem!

Cheers! ;)

2 comentários:

paulofski disse...

De facto Sérgio o conceito está bem pensado e a partilha do espaço rodoviário é um bom exemplo do que se poderia fazer mas já se sabe que isso seria muito mas muito difícil colocar em prática. Só o facto de se eliminarem espaços de estacionamento que são legais, eliminar parquimetros que rendem alguns trocos à CMP e ocupar legitimamente espaços que à partida são vedados ao estacionamento mas que está entregue à selvajaria automobilística é ainda, infelizmente, uma visão utópica.

Sérgio Moura disse...

Pois é, mas é ir passando os bonecos que, ainda que lentamente, a mensagem vai passando :)