"Hoje de manhã, vim pela marginal fora (entre Matosinhos e o Campo Alegre) até ao meu trabalho, de bicicleta!
O pior foi subir D. Pedro V..."
-> antes de mais, os meus parabéns pela iniciativa de ir trabalhar de bicicleta. Eu compreendo o problema... evito ao máximo subir D. Pedro V, e das poucas vezes que o fiz, acabei por fazer uma boa parte a pé.
"Será que o município do Porto ou a entidade que possui a tutela da ponte da arrábida (eventualmente a Estradas de Portugal ou o Instituto de infra-estruturas rodoviárias, IP) não poderiam reabilitar os elevadores da ponte da arrábida. Se fosse possível tornariam a nossa vida muito mais fácil, evitando o grande declive (em súbida para o trabalho) de D. Pedro."
-> é interessante a questão da tutela, também não sei, mas vou tratar de averiguar...
Enquanto não se resolve esta questão dos elevadores, deixo a sugestão de fazer a subida pela Av. da Boavista: o piso é bom, tem sempre duas faixas, o declive está diluído por grande extensão (e com alguns 'patamares' planos) pelo que não tem de fazer grande esforço.
O Porto e a sua morfologia. Apesar da imagem mental negativa que muitos criam, a cidade do Porto é, na sua maior parte, fácil de percorrer de bicicleta. Isto porque existem duas plataformas com declives moderados, que são:
1ª: à cota do Rio, a marginal tem óptimas condições para pedalar: é completamente plana, consegue unir os perímetros ribeirinho e atlântico da cidade, e não fica por aí já que tem ligações para Matosinhos e Vila Nova de Gaia. (até tem uma ciclovia, mas é tão má que nem merece ser referida)
2ª: à cota alta, estou a englobar muita área, da Boavista até Campanhã conseguem-se fazer percursos evitando declives obscenos. Convém saber planear os mesmos, mas se julgam que andar de bicicleta é sempre a descer, será melhor ir ler o DeSegwayNoPorto.blogspot.com 8-)
Infelizmente, e para que mais pessoas queiram e possam andar de bicicleta, a barreira entre estas duas plataformas deveria e poderia ser contornada (já que nem todos temos pretensões a vestir a "maillot à pois rouges") e uma das soluções existe, é válida e só precisa ser reactivada:
Os elevadores da Ponte da Arrábida!
O Miguel já por diversas vezes falou com pertinência neste assunto, mas acho que com o aumento do número de ciclistas nas ruas do Porto, e com a ajuda de todos, talvez tenhamos massa crítica suficiente para endereçar um abaixo assinado + projecto/proposta/justificativo da necessidade da reactivação dos elevadores. São quatro, mas dois a trabalhar seriam mais que suficientes, talvez num modelo de exploração semelhante ao Funicular dos Guindais :)
Será que temos equipa para isso? ;)
2 comentários:
Viva. Sou morador em Gaia e foi com orgulho e prazer que encontrei este BLOG. Além de falar no Porto (e regiões envolventes), de bicletas, fala também da bicicleta como meio de transporte, coisa que comecei a fazer à coisa de dois meses.
Não o faço tão regularmente como pretendia, mas é uma questão de habito e pretendo que venha a ser mudada.
Relativamente às cotas ou de uma forma geral ao uso da bicicleta como meio de transporte e o que se pode fazer para facilitar, infelizmente acho que há muito para ser feito.
A aposta das ciclovias dedicadas ao lazer foram um sucesso em todo o lado. Uma aposta ganha plos autarcas. O significado dessa vitória é que a população está a preparar se cada vez mais para andar de bike, e como tal mais preparada para fazer das duas rodas um meio de transporte.
Cabe então às autarquias, pensar nas ciclovias, nos estacionamentos, etc. focados no dia a dia do trabalhador ou estudante (além do lazer).
Acho que nos cabe a nós todos (utilizadores mais ou menos experimentados de bicicleta no contexto urbano), desenvolver as ideias e propostas.
Lanço aqui o desafio, deixo a minha ajuda para trabalho futuro, e algumas ideias:
- Parque estacionamento bikes em escolas
- Parque estacionamento bikes junto a estações de comboio e metro
- Ciclovias dirigidas de/para as estações de transportes públicos
- ciclovias dirigidas da periferia para os centros (de comércio, industria)
- Ciclovias de cotas baixas para cotas altas, contornando o mais possível os declives maiores
- Além dos elevadores sugeridos por vós...
Bom trabalho!!
Viva NCarvalho,
obrigado pelo teu comentário!
Gosto das tuas ideias, quase todas elas interessantes, mas só acho que as ciclovias, e até pq se existem temos de lá circular obrigatoriamente, se forem projectadas como até agora, não são de grande utilidade ao ciclista utilitário.
Digo isto porque são mal construídas e pensadas, com circuitos lentos, com declives acentuados, e induzem as pessoas a uma falsa sensação de segurança que não está nada presente nos cruzamentos e atravessamentos dos seus percursos.
Dito isto, tenho também de acrescentar que acredito que mais ciclovias = mais novos ciclistas, e isso é bom.... é um típico caso em que tenho "mixed feelings".
Além de que podem ser bem projectadas, e tornar-se realmente úteis, especialmente em vias onde existe grande diferença de velocidade entre automóveis e bicicletas...
Eu em conjunto com o Miguel do 1penoPorto estamos a tentar reunir pessoas e ideias para por a(s) nossa(s) causa(s) a mexer, e aproveitar uma certa "moda das biclas" ao serviço da comunidade :)
Abraço!
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